Paris, 14 mai (EFE).- O uso
intensivo do telefone celular ajuda um aumento do risco de sofrer um tipo
câncer cerebral agressivo, segundo o estudo publicado por pesquisadores da
universidade de Bordeaux na revista especializada 'Occupational & Environmental
Medicine'.
A equipe dirigida por Gaëlle
Coureau demonstra que há dois tipos de tumores associados a uma prolongada
exposição à radiofrequência desses aparelhos: os gliomas, agressivos, e os
meningiomas, mais fáceis de operar.
As pessoas que utilizam o telefone
portátil mais de 15 horas por semana, o que representa 30 minutos ao dia, têm
maior risco de que esses tumores se desenvolvam.
Os pesquisadores analisaram o
perfil de 450 doentes de câncer e usuários de telefone celular acima de 15 anos
entre junho de 2004 e maio de 2006 em quatro departamentos franceses e o
compararam com 900 usuários de dito aparelho em perfeito estado de saúde.
O estudo 'Cerenat' confirma as
conclusões do Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIIC), que no
ano passado estabeleceu que 'existe uma possível conexão entre o uso do
telefone portátil e a aparição de gliomas'.
Para reduzir os riscos,
organizações como o Instituto Nacional de Prevenção e Educação para a Saúde da
França recomendam afastar o máximo possível o telefone da cabeça, usar o
dispositivo com as mãos livres ou evitar chamadas longas, com o objetivo de
impedir o excesso de exposição às ondas eletromagnéticas.